quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Coisa que precisam ser mudadas no Brasil: isenção de impostos de igrejas, templos, terreiros, etc.





Coisa que precisam ser mudadas no Brasil: isenção de impostos de igrejas, templos, terreiros, etc.

Continuando com a minha perspectiva da semana passada, vamos continuar a falar sobre coisas erradas e que ninguém ousa falar ou discutir neste país. Uma das coisas que mais me incomoda, e talvez para a grande maioria dos brasileiros, é a isenção de impostos para igrejas, templos, terreiros, e o escambau. Primeiro precisamos lembrar que a isenção vem desde os tempos em que o Brasil não era absolutamente nada, a não ser colônia portuguesa, assim como alguns países da África, por exemplo. Essa isenção se prendia ao fato de que o soberano (rei) só conseguia se manter no cargo graças às forças divinas, que deixariam o soberano no seu trono, desde que não se opusesse com as coisas de Deus. Quando o pregador Jesus foi questionado sobre a sua participação na comoção interior de que não se deveria dar dinheiro a Cesar, mas a Deus, e, naquela época a sonegação fiscal era crime punido com a própria vida, Jesus teria dito ao seu interlocutor: a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus. Safou-se, contando inclusive com a ignorância alheia. Porém, o fato é que a igreja e o Estado sempre estiveram juntas, no governo, cada um planejando o seu modo de ver as coisas divinas e terrenas na sua proporção. Ambos formaram um pacto de não interferência nos assuntos estritos de cada qual e, a isenção de impostos foi uma forma de evitar a ingerência estatal nos assuntos divinos. Com o passar dos séculos e a fomentação das dezenas ou centenas de credos religiosos, todos eles se apegando ao fato de que é direito incontestável de formar sua opinião sobre as coisas divinas, o fato é que, em pleno Século XXI não se poder cobrar tributos das coisas das igrejas e das religiões, tornou-se esse assunto "religião" um verdadeiro tabu no Brasil. E não dá voto. E a proliferação de pilantras que se louvam da "fé" para conseguir dinheiro no mole é coisa que faz corar os pilantras e estelionatários de plantão. Dia desses enquanto viajava para São Paulo e tentava encontrar uma rádio, me deparei com uma famosa rádio evangélica que dizia abertamente que poderia fazer qualquer pessoa em... não me lembro o nome que usavam... pregadora, ou pastora, ou evangelizadora, ou qualquer coisa do gênero em... 24 horas!!! Bastava mandar uma quantia para uma das contas correntes que possuíam, e passaram a recitar mais de uma dezena de contas dos diversos bancos do Brasil, alguns que eu nem sabia de sua existência e, em seguida, o sujeito era um "pregador". Ou seja, num passe de mágica, ou numa passagem numa agência bancária, você se torna "agente da fé". E mais, nem precisamos saber da sua vida, dos seus antecedentes criminais, do seu modo de ver ou viver. Você já teve curiosidade de ver como se monta uma igreja? Ponha no Google a frase: como instalar uma igreja no Brasil. Tá tudo lá, detalhe por detalhe, qual o ramo de sua fé, a forma de angariar fiéis, o jeito de falar em público, o que dizer para quem... Enfim, tudo à sua mão. Detalhe: sem pagar impostos. Você acha isso justo? Eu não, porque me deparei com centenas de "mercenários da fé" tanto no Ministério Público quanto na política. Nas campanhas políticas é uma coisa impressionante a forma como os caras agem: te prometem mundos e fundos, desde que você tenha muito dinheiro para dar para eles. Prometem eleição fácil. Basta pagar. E tudo isso sem impostos. Por mim, qualquer igreja, templo, terreiro, etc., tem a obrigação moral de pagar impostos, assim como toda e qualquer pessoa jurídica o faz. Assim como toda pessoa física faz! Quem não tiver condições de pagar, não se estabeleça ou perfilhe a sua fé isoladamente, no seu cantinho, orando em silêncio, sem necessidade de se mostrar para os outros.

















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