segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Lulla x Batistti x boxeadores cubanos

O Sr. Luiz Inácio da Silva, o nosso ex-Presidente Lulla, pode ser acusado de qualquer coisa menos que não é amigo de seus amigos.
Quem não se lembra do caso dos boxeadores cubanos que chegaram ao Rio de Janeiro para a disputa dos Jogos Panamericanos de 2007 e desertaram da delegação cubana e pediram asilo político ao Brasil?
O que o Sr. Lulla da Silva fez? Imediatamente mandou a sua polícia prender os criminosos e deportá-los sem demora para Cuba!!! Já!!! Agora!!! Não tem que perder tempo!
Afinal, cumpria não se perder dos amigos Fidel, Chavez, Evo etc. e tal.... porque assim poderiam continuar pensando numa esquerda para o mundo contra os yankees.
Passados menos de três anos surge outro problema grave para o cenário nacional. O quadrilheiro, bandido, assassino frio, e outros adjetivos pelo qual acabou sendo conhecido na Itália e no resto do mundo, Cesare Batistti, condenado à pena de prisão perpétua na Itália, tratou de fugir para os trópicos, para o país da impunidade, que todo o mundo conhece como Brasil, mesmo porque pensou "se for pego, alego perseguição política" (sic!). Viveu vários e vários anos sem despertar a atenção de ninguém, curtindo o sol brasileiro, suas praias, talvez suas mulatas, sem samba, futebol, cervejinha, etc. e tal, como um verdadeiro refugiado faria: sem despertar a atenção, vivendo no seio da sociedade de modo simples.
Descoberto, preso, com pedido de extradição no lombo, teve que prestar contas com o Judiciário. A Itália queria seu criminoso comum lá, para pagar pelo que fez (ou melhor, para pagar pelo que foi descoberto, pois o que fez, realmente, ninguém sabe!!! Foi pego por esses crimes, apenas. Outros, pode ou não ter acontecido, mas não será jamais julgado, se nada for provado, lógico).
Bem, a Itália sempre foi uma nação amiga, sempre colaborando com o Brasil e foi natural seu pedido de extradição, mesmo porque o bandido era um bandido comum.
Só que, debalde as afirmações isoladas e não provadas do Sr. Batistti, o Supremo Tribunal Federal mandou ele embora. Decidiu-se ali pela extradição do Sr. Batistti, cumprindo ao Executivo exclusivamente a missão de colocá-lo num avião e despejá-lo em Roma. Não era para se discutir o que o Supremo já tinha decidido.
Mas, esquecendo-se o Sr. Lulla de que houvera mandado imediatamente embora os boxeadores cubanos, mandou confeccionar um parecer pela Advocacia Geral da União no sentido de que era para Batistti ficar.
Apenas a título de curiosidade: os boxeadores foram expulsos sem decisão do Supremo. Ato unilateral do Presidente da República. No caso Batistti o Poder Judiciário já determinou a expulsão do gringo.
Mas o Sr. Lulla esqueceu dos cubanos e não o extraditou. Ao contrário questionou uma decisão do órgão máximo do Poder Judiciário, esquecendo que aquelas poltronas são ocupadas pelas pessoas que, queira ou não, dão sempre a última palavra, em qualquer questão. Ou seja, goste ou não, o STF mandou Batistti embora. Cumpria a Lulla cumprir a decisão e não o fez.
Agora, aguardamos que o STF decida novamente a questão e a Sra. Dilma, nossa Presidente da República (jamais presidenta) decida cumprir a ordem, sob pena de impechment.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TELEVISÃO DO BRASIL.

Ouvi dizer que um programa de um determinado canal de televisão, desses que passam bobagens na televisão e se vê escorrer sangue pela tela, chegou ao absurdo de dizer, sobre a tragédia que atingiu a região serrana do Rio de Janeiro o seguinte: agora que atingiram a casa dos ricos vão fazer alguma coisa.
Tem pessoas que não tem a menor sensibilidade, o menor senso de ridículo, a menor falta de caráter.
O desrespeito às famílias, aos mortos, às pessoas que estão sofrendo é imenso. Esse senhor perdeu uma boa opotunidade de ficar com a boca fechada e deixar seu programinha de quinta categoria fluir sozinho.
Não que o Estado brasileiro faça algo positivo, mas o momento não é esse. Agora, temos que tratar as nossas feridas, cuidar das nossas chagas, sepultar os nossos entes queridos e, depois, com mais calma e reflexão fazer alguma coisa de útil.
É claro que as encostas de morros, as regiões ribeirinhas sempre irão sofrer invasões, inclusive com a participação dos órgãos públicos e das concessionárias dos serviços públicos que para o local levam água, luz, telefone, Internet, etc.
Na minha ótica, estas concessionárias são as principais culpadas, pois permitem que o serviço público seja prestado àqueles que estão em condições subhumanas, quando, em realidade, deveriam era impedir que tais pessoas ocupassem tais áreas de risco e elas próprias denunciassem as ocorrências ilegais aos demais órgãos públicos.
Mas a omissão desses órgãos públicos é latente!
Cansei de escrever neste espaço sobre esses problemas.
Porém, não posso concordar com repórteres e pseudos jornalistas que, para um "furo de reportagem"  desrespeitem a dor alheia.
Vi na televisão uma mãe, que acabara de salvar seu bebê de três meses, a mulher em choque, ainda, e uma repórter, sem a menor sensibilidade, ávida exclusivamente por aparecer, enfiar o microfone da cara da moça, querendo que ela falasse alguma coisa... a menina ainda estava tomando fôlego de tudo o que passou e a estúpida - para dizer o menos - da repórter, enfiando o microfone na cara da pessoa, para conseguir "picos de audiência" e, claro, uma mençãozinha honrosa de seus chefes "pelo excelente trabalho". 
E a dor alheia??? Nenhuma ressalva, nenhuma pergunta. Nada. 
Espero que esses insensatos "profissionais"  passem a se sensibilizar com a dor alheia e respeite aqueles que estão sofrendo.