sábado, 16 de agosto de 2014

Coisas que precisam ser mudadas no Brasil: gerenciamento da ANA





Para quem não sabe, a ANA é a Agência Nacional de Águas que foi criada juntamente com outras agências necessárias para regular os pontos nevrálgicos do Brasil como a Aviação Civil, dai surgindo a ANAC; a ANP, que é a Agência Nacional do Petróleo, e assim sucessivamente foram sendo criadas tais "agências" destinadas a descentralizar os mecanismos de controle de vários setores estratégicos do Brasil, visando uma resposta mais rápida aos serviços públicos.
Porém, tenho vista uma inoperância sentida em várias agências governamentais, algumas até com grave envolvimento em desastres que levaram à responsabilização criminal de seus gestores, inclusive com anúncio de penas severas se avizinhando. Tudo isso porque, no (des)governo petista o que se viu foi a nomeação de administradores políticos ao invés de técnicos, como era no início da criação das agências, conforme tive o prazer de orientar uma aluna a Universidade São Francisco no início dos anos 2000. O (des)governo petista passou a inflar as agências nacionais com apaniguados que levaram a verdadeiro caos em aeroportos, portos, serviços essenciais, se contar com as malandragens que nos dão conta as primeiras investigações da Petrobras, que é apenas uma ponta do iceberg, com certeza.
Bem, voltando a ANA especificamente, estive pensando sobre a falta de estudos e execução de um grande plano de abastecimento de água e redistribuição do excedente sobre as mais diversas regiões, deste país-continente. A transposição das águas do Rio São Francisco, no agreste nordestino, alardeado pelo ex-presidente Lulla, com direito a inaugurações, fogos de artifícios, muita birita e pouca ação restou no que? Ao que eu tenho notícia, nada! Posso estar errado, mas a coisa está feia para aquele lados, com desmoronamento do pouco que foi feito, com o concreto do fundo levantando, porque se gastou milhões (ou bilhões) de reais para dizer que iriam irrigar o Nordeste todo e até agora não se viu resultado prático algum. 
Pensei sobre a interligação do Rio Parnaíba com a represa de Igaratá, proposta pelo Governo do Estado de São Paulo, que também nunca fez sua lição de casa (ao contrário, enquanto pedia para a população economizar água, elevou seu próprio consumo em 22% durante a estiagem!). Precisamos de um plano urgente de combate às secas e às enchentes. É um Deus nos acuda - e só Deus mesmo para nos salvar, quando estamos com estiagem ou enchentes, porque os ineptos governantes só sabem liberar dinheiro para "ajudar os Prefeitos" e a população fica totalmente sem ajuda - e temos que repensar um mecanismo para evitar tanto as cheias como as secas. O mecanismo é o mesmo que o Governo de São Paulo pretende fazer. simples, porém, dispendioso e exigirá sacrifícios: a interligação dos grandes rios e mananciais. Por meio de dutos, como os mesmos que ligam as represas de Nazaré Paulista, Piracaia e Bragança Paulista (eu acho, mas não tenho certeza absoluta, a de Igaratá também)! Instalar-se-iam tubulações fazendo com que os rios do Norte se interligassem aos rios do Nordeste e do Centro-Oeste do Brasil. O Nordeste ficaria ligado ao Sudeste. O Sudeste ao Sul ou o Centro-Oeste ao Sul, diretamente. Cada vez que os rios enchessem demais no Norte, o excedente seria levado para o Nordeste ou ao Centro-Oeste. Se a vazão do Centro-Oeste excedesse ao tolerável no Pantanal o excedente seria mandato para o Nordeste ou para o Sul. E assim, sucessivamente. Com as secas do mesmo jeito, pois quando uma região necessitar de mais água é ela bombeada do local que comportar, evitando-se o mal vezo que ocorre sempre: espera-se a calamidade pública e depois se liberam "verbas de emergência" para ajudar os atingidos pelas enchentes. E que quase sempre, se perdem pelos caminhos da burocracia....




















Nenhum comentário:

Postar um comentário