sábado, 16 de agosto de 2014

Agora começa outro tormento para a população: propaganda eleitoral! Argh!



Bem, terminamos a folia da Copa e é impressionante o volume de pessoas que se dão conta de que o mundo não é apenas futebol, que existe coisas muito mais importantes para se pensar e fazer, especialmente que é preciso trabalhar muito para ganhar o seu rico dinheiro, suado, no final do mês. Porém, para uma classe específica de pessoas da sociedade este é o momento mais esperado de sua infeliz existência na Terra: puxar o saco do candidato para ver se consegue que ele seja eleito e, por conseguinte, o apedeuta consiga uma "vaguinha" num emprego público - mesmo porque esta é a única forma que o ignóbil puxa-saco conseguirá algo na vida (gize-se, na sua inútil vida). E a plêiade de puxa-saco não é pequena não, pois tem aquele que se faz de cabo eleitoral, tem aquele que aplaude tudo que o candidato faça, inclusive muita merda! Têm aqueles que cuidam das notícias do candidato, tentando colocar o sujeito quase que como um Deus do Olimpo, acima de tudo e de todos, senhor das melhores decisões e pensamentos do mundo. No entanto, não passa de um anjo de pé de barro! Tem até gente que briga por conta de seu candidato. Idiota tem de todos os jeitos, mesmo. Posso falar de cátedra o lixo que é a política nacional, mesmo porque participei de três eleições como candidato - sem dinheiro de ninguém, é bom que se diga - e desde o mais incipiente pré-candidato a vereador, até a presidência da República, passando por senadores, deputados, governadores e prefeitos pode se dizer, sem medo: tudo farinha do mesmo saco! Aliás, este foi o slogan da minha última campanha, pois o que vimos e ouvimos não deixa a menor sombra de que este é país da corrupção! Corrupção institucionalizada, batizada, sacramentada, arraigada e vivamente em todos os cantos deste país, repleto de hipócritas, aproveitadores, bajuladores, que se aliam aos maus intencionados, espertos e corruptos, desde o nascimento, ávidos por um posto de comando, para juntos chafurdarem na lama da podridão da política brasileira. E quando um ataca o outro contra-ataca, um diz e o outro desdiz, um acusa e o outro se defende acusando o primeiro. Esse é o vai-e-vem do chamado "jogo político". Depois de eleitos, vencedores e vencidos se sentam, se afagam, se masturbam ideologicamente e voltam a se chafurdar nos escaninhos do descalabro, propensos à mútua ajuda, para que possam se salvar dos possíveis ataques daquele órgão chamado de malfeitor, o tal de Ministério Público, que tenta moralizar este país, pois como a população não consegue pelo voto, tem que ser pelo cumprimento da lei e da Constituição Federal. Quando tentaram excluir do Ministério Público o direito de investigar os crimes, independentemente e longe da polícia, através da famigerada PEC 37, estive no Congresso Nacional, juntamente com centenas de outros promotores de justiça conversando com os parlamentares, os quais, num primeiro momento, estavam prontos para colocar cabresto no MP. Alguns mais lúcidos mostravam a insensatez da propositura - feita por um Delegado de Polícia, por óbvio. No entanto, em junho de 2013 havia os protestos fortes da população brasileira contra o governo, a corrupção, a anarquia, como todos se lembram. Em conversa com um dos mensaleiros este me disse que somente havia aquilo tudo porque o MP "criminalizou a política" (sic!) ao que rebati de pronto, dizendo que o MP não "cria fatos" apenas os põe em sintonia com a lei, pois o fato é cometido ANTES do MP tomar conhecimento de sua ocorrência. Por aí se vê como a coisa anda. Um mensaleiro, pego com o dinheiro público em sua conta, processado e condenado pelo Supremo Tribunal Federal tinha a coragem de dizer que votaria a favor da PEC 37, pois o MP o acusou! É esta política brasileira. Para o mensaleiro tomar dinheiro público é normal. Ser acusado de ter pego o dinheiro público está errado! Bem, felizmente esse não será candidato, graças a Deus e ao STF! Porém, Atibaia será invadida nos próximos meses por um batalhão de pessoas felizes, alegres, com rojões e trombetas, todos se dizendo o melhor dos candidatos do mundo, cercados, claro, de seus puxa-sacos, bajuladores e aduladores, isto sem contar com os que são daqui ou vieram para cá como felizes forasteiros, se apoderaram da cidade, como se daqui fossem. Certa ocasião um médico muito famoso e respeitado do AHMA me falou sobre um determinado sujeito que aqui se estabeleceu, se autopromovendo como o senhor da cidade, se ele não se tocava que não era bem-vindo. Eu lhe respondi que o problema não era o forasteiro, mas aqueles que o trouxeram para cá, estes muito piores, muito mais sanguessugas do Erário e que encontraram nele um porto seguro para ampliarem os "negócios" da política. Não pensando no povo, que este é apenas um mero detalhe, mas para o benefício direto dos membros da política. Por tudo isso, simplesmente resolvi que não sairia candidato a p. nenhuma de cargo político, pois já vi bastante falcatruas, já ouvi muita bobagem de lixos ambulantes que se dizem "trabalhar" para alguém, mas, como sói acontecer, não passam disso: lixo! E as fotografias e banners já começaram aparecer pela cidade. A pergunta que não quer calar: quanto se gasta com tudo isso? E quem paga a conta? Não é o político, com dinheiro do seu próprio bolso, podem ter certeza absoluta, mas será a falta de educação, de hospitais, de segurança pública, de transporte digno, de habitação decente. Enquanto este país não mudar radicalmente continuaremos a assistir esse jogo sujo pelo poder: a corrida eleitoral! Pêsames!

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